Friday, October 31, 2008

Pequeno reflexo distorcido da realidade...

Thursday, October 30, 2008

- Ó vizinho, vem à janela que quero dar-te uma notícia!
- Qual janela, vizinha?! A paisagem está amuralhada…
Embora a parede se faça branca, quando olhada de fora,
a vista daqui apenas enxerga a escuridão.
Fui esquecido nas frestas do alinhamento desordenado da vida…

Wednesday, October 29, 2008


A amizade zurra terna e graciosamente em pândega aplanada

Black Prince

Atracou hoje na linha azul mais um momento de passagem pela minha janela.
Saúdo a distância que nos separa e desejo-vos sorte para o resto da vossa expedição,
já arruinada…
Eu cá continuo a preferir a minha linha azul rotineira,
estação após estação, sem depender de marés para continuar.

Sunday, October 26, 2008

Saturday, October 25, 2008

Da minha janela...


O tempo passa... algumas coisas ficam.

Friday, October 24, 2008

Paris

*"Putain, ils ne savent pas la chance qu’ils ont tous ceux-là:
Ils marchent, ils respirent, ils courent, ils s’engueulent, ils sont en retard...
Ils ne savent pas la chance qu’ils ont:
être juste comme ça insouciants dans Paris".

Paris, de Cédric Klapisch

Perspectivas


Vejo sempre as coisas em duas perspectivas, e não consigo conciliar a escolha ou eleger
o digno representante do meu entendimento desnorteado, sobretudo depois de uma garrafa de vinho
bebida entre outras confusões.

Memórias de velhas cores em paragens africanas...



* Um tempo fazia-se quente, outro alargava-se pelo espaço cambaleante, enquanto os nossos primeiros passos tropeçavam no fluído lento que compõe a matéria. (SENEGAL, 2006)

Thursday, October 23, 2008

É de manhã e o sol abre a janela atrás de ti. Ainda esfrego os olhos na tua calma primaveril. Enquanto engulo as saudades desses domingos, aguardo que o cinzento dos meus pensamentos se azulifique em mosaicos cerâmicos, como os dessa janela atrás de ti, que irão compor o desenho da minha vida.
* "O que será que será, que dá dentro da gente que não devia,
Que desacata a gente que é revelia, que é feito aguardente que não sacia,
Que é feito estar doente de uma folia (...)
O que não tem descanso nem nunca terá, o que não tem cansaço nem nunca terá,
O que não tem limite..."

Chico Buarque "O Que Será"
* À mesa sobre o mar, conversando com a solidão...

Wednesday, October 22, 2008

Breve passagem pela velhice


"Qué maravilla mirarse al espejo y ver la figura de un viejo de buen ver que se dedicaba a dejar que las cosas le llegaran y luego se fueran faltas de sentido, a diferencia de lo que les sucedía a los pobres jóvenes que sólo estaban preocupados por integrarse en la sociedad. Además, pensaba Mayol, sólo el viejo es un verdadero hombre, porque está fuera de lugar. Qué absurdo era pensar que un hombre debe ocupar un lugar en la vida, qué absurdo, y sin embargo muchos jóvenes creen que han de luchar por hacerse con su sitio en el mundo, un sitio que no existe porque todos los hombres están fuera de lugar, pero sólo el viejo lo sabe y por eso tiene la posibilidad de sentirse feliz al saberse fuera del mundo y hundiéndose cada día más en su atractivo abismo propio. Además, pensaba Mayol, el viejo puede engañar a la muerte y jugar con ella imitando la astucia engañosa de la vida".
Enrique Vila-Matas, El Viaje Vertical (1999).

Tuesday, October 21, 2008

Mari Mahr (fotógrafa, Chile, n:1941)

"A Few Days in Geneva", 1985
"I only have to cross the Channel to the Continent and see those familiar cobblestones and rooftops to make my childhood memories flood back. This record of a short trip to Geneva is about just such a time".
"The Dreamer's Birthday", 1992
"The Dreamer's Birthday was created as a present for my mother, a true humanitarian. The photos were made two years after her death and in the wake of the events in Eastern Europe. Throughout her life she firmly believed that Communism could work. In an ideal world with no corruption, no nepotism, no greed or favouritism, her dream —true equality for all— could have been achieved".

Monday, October 20, 2008

Os telhados serpenteiam-se em movimentos ondulantes enquanto (te) aguardo o sentido...
Nada como suspender o tempo por um instante e cobri-lo de fantasia…

E de outras janelas ergue-se uma nova magia…
- “Nada à vista, pequeno companheiro! A bombordo reflecte-se um navio repousado, que não transporta perigo”.
- A ameaça enfastiou-se certamente da travessia continental. Viva a sublime e cilíndrica maresia, de sorriso roliço!
Um candeeiro pendura-se na janela em frente, rodopiando aos caprichos do vento e aguardando a chuva que o acenderá… ou que o saciará com o silêncio tranquilizador da água, mesmo que enxovalhada e enlameada de longas e cansativas viagens.

Julio Bittencourt (fotógrafo, Brasil, n:1980)


Janelas do Edifício Prestes Maia (São Paulo, Brasil) - por Julio Bittencourt
Imagens que contam (uma) história(s)... a história de 364 janelas, das 468 famílias que diariamente acordavam por detrás dessas janelas, antes de se terem visto obrigadas a abandoná-las...

Sunday, October 19, 2008

Elliott Ewritt (fotógrafo, França/EUA, n:1928)


"Settling is where you are at the moment, for as long as you don't go somewhere else" - Elliott Ewritt
"Purveyor of the 'non-photograph', he combines a deceptively casual approach with an unrivalled, sometimes gloriously silly, visual sense of wit". The Guardian (December 27, 2003)

Friday, October 17, 2008




Mágico corredor negro pintado em tela quente,

quase sem janelas.

A loucura espreita e iluminam-se as cores

no momento em que me viro.

Corro, corro, corro, e avisto cangurus ao longe

a acenar-me com um destino,

que não sei se é o meu.

Vieram do jornal que anunciava

as quotas da imigração qualificada na Austrália.

Seria para lá que iria,

se hoje fosse segunda-feira e estivesse sol.
O futuro...

* Quando se fecha uma porta, abre-se algures uma janela...
Assim largamos a velha entrada pitoresca e saímos para de novo desabotoar o horizonte!

Thursday, October 16, 2008

Estou Além...

“Tenho pressa de sair...
Quero sentir ao chegar
vontade de partir para outro lugar…”
António Variações
* Sedenta de saudades das tuas visitas...

A minha última viagem, rumo ao oriente…


* O tempo da água, o lugar da vida espontaneamente cristalina…
Lava as folias dos miúdos e os sonhos passados dos graúdos!
(LAOS, 2008)