Wednesday, April 29, 2009

Papers, papéis, palavras...


E pesa-me a cachimónia com tanta
sentença escrita em raras
ondulâncias…
E deixo-me atordoar entre guitarras e baterias que sopram
paredes e janelas…
E adormeço sobre todas elas…
as palavras… Huaaaaaa!!

Monday, April 27, 2009

Sunday, April 26, 2009

Ó sabias palavras!

English Lamas

É espantoso, mas existem,
e não se deixam surpreender,
nem depois da longa caminhada
que as traz da América do Sul
até este pequeno paraíso terrestre.
Já com trejeitos ingleses,
alçam as cacholas,
colocam-se em pose
e aguardam que se lhes traga
o chá das cinco.
De boas maneiras
só lhes falta perder
o hábito da cuspidela.
Mas, mesmo cuspindo,
sempre com graciosidade!

A sunny spring sunday near Plumpton village

If you don't find the bluebells, you'll always have yellow!

But we finally found them anyway!!

Thursday, April 16, 2009

Wednesday, April 15, 2009

Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado.. Há sempre alguém que nos faz pensar um pouco.. Há sempre alguém que nos faz falta..Ah, saudade! (Trovante)

"(...) Epimeteu escondeu-se e observou a cena. As crianças eram lindas, apesar das roupas grosseiras e em mau estado que traziam vestidas, e de terem a cara e as mãos enlameadas. Eram um rapaz e uma rapariga, certamente irmãos porque muito se assemelhavam e mais pareciam querubins do que seres humanos.
Aquela cena bucólica e feliz prolongou-se por algum tempo, mas o Deus não tinha vontade de sair dali.
De repente, um vento gélido fez-se sentir. Os meninos aperceberam-se disso, mas não ligaram grande importância, tão entretidos que estavam com os seus brinquedos. Mas Epimeteu compreendeu, o Deus dos ventos mandava-lhe um aviso, um perigo aproximava-se. O perigo era um lobo, um animal de grande estatura, mas elegante, que se deslocava lentamente, sem se tentar esconder. O rapaz foi o primeiro que o viu, o seu rosto empalideceu e ficou estático, incapaz de reagir, apertando fortemente o braço da irmã que o olhou espantada até que percebeu. Não mostrou, no entanto, medo, no seu rosto infantil lia-se apenas surpresa. Olhou para a fera com confiança e sorriu. O lobo não mostrava nem medo nem atitude hostil. Então Epimeteu, que já o tinha reconhecido, olhou para ele e ficou estupefacto, o seu olhar que tanto o tinha atemorizado quando, feito lobo, o encarara pela primeira vez, mostrava agora doçura e nele se descortinava uma chama envolvente de amizade. Epimeteu não teve nenhuma dificuldade em o perceber porque os deuses, tendo feito os homens à sua imagem, possuíam sentimentos humanos e não precisavam da caixa dos milagres para se humanizarem.

Então, Epimeteu percebeu que não necessitava de perguntar coisa alguma a Zeus porque finalmente compreendera. Compreendera que o olhar do lobo fora sempre o mesmo, terrífico ou carinhoso, a diferença não vinha dele, mas sim de quem o observava" (...)
'A Lenda do Lobinho Bom', Pedro Abranches
Revista da Ordem dos Médicos nº 57, Maio 2005
Ai!
Fechou os olhos e ensaiou um olhar claro
para dentro da escuridão. O que terá então perdido? Um encontro?
E o que terá encontrado?

Ou terá o seu passado deslizado para trás,
indo espatifar-se contra o futuro,
que ali estava, desde sempre, à espera…?

Lembras-te?

É urgente o amor

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente permanecer.


Eugénio de Andrade

Tuesday, April 14, 2009

Marrocos em Itália



- Cheiras bem.
- A que te cheiro?
- Hummm… talvez a amarelo. Ou a domingo. Não, domingo não, sábado.
- Era aos sábados que as costumava comprar?
- Sim, era. Junto com o jornal.
- E aos domingos, o que fazíamos?
- Domingo era dia de sentir o som das pistas de corrida. E de vigiar o eminente lavatório onde se escondiam os tesouros.





Roma, Italia

Monday, April 13, 2009

Invasões Bárbaras (versão moderna)

Ingleses e outros povos que nesta ilha adoptaram residência invadem o areal pedregoso de Brighton
e o mar que esta segunda-feira se faz mais azul que nunca…
E eu rodopiando em frente a 800 palavras ainda por escrever.
* (1 hora mais tarde diria: "já só faltam 500!")

Flashbacks de Alfama...

Finalmente!!! Avista-se sol, barcos e mar azul da janela da cozinha!!!! Que bom! :)

More of Sailing Brighton...

Esfera saponária

- Parece-me ser ali. Não te parece?
- Não sei… desde que nos encapotámos nesta esfera saponária sinto que flutuo em indistintas ilusões…

Open Market: frutas ou botões?


Old Brighton

Brighton Museum & Art Gallery