Saturday, June 20, 2009
Friday, June 19, 2009
Ó saudade do poeta-vendedor de amendoim torrado!
O som do meu tambor ecoa... ecoa pelo ar
E faz meu coração com emoção... pulsar!
Invade a alma... alucina
É vida, força e vibração! Vai meu Salgueiro... Salgueiro
Esquenta o couro da paixão
Ressoou da natureza... primitiva comunicação!
Da África... dos nossos ancestrais
Dos deuses... nos toques rituais
Nas civilizações... cultura
Arte, mito, crença e cura
Tem batuque... tem magia... tem axé!
O poder que contagia... quem tem fé!
Na ginga do corpo... emana alegria
Desperta toda energia!
No folclore a herança, no canto, na dança... É festa... é popular!
Seu ritmo encanta, envolve, levanta... E o povo quer dançar!
É de lata, é da comunidade
Batidas que fascinam
Esperança... social, transforma... ensina!
Ao mundo deu um toque especial
É show... é samba... é carnaval!
Vem no tambor da academia
Que a furiosa bateria... vai te arrepiar!
Repique, tamborim, surdo, caixa e pandeiro
Salve os mestres do Salgueiro
Acadêmicos do Salgueiro
E faz meu coração com emoção... pulsar!
Invade a alma... alucina
É vida, força e vibração! Vai meu Salgueiro... Salgueiro
Esquenta o couro da paixão
Ressoou da natureza... primitiva comunicação!
Da África... dos nossos ancestrais
Dos deuses... nos toques rituais
Nas civilizações... cultura
Arte, mito, crença e cura
Tem batuque... tem magia... tem axé!
O poder que contagia... quem tem fé!
Na ginga do corpo... emana alegria
Desperta toda energia!
No folclore a herança, no canto, na dança... É festa... é popular!
Seu ritmo encanta, envolve, levanta... E o povo quer dançar!
É de lata, é da comunidade
Batidas que fascinam
Esperança... social, transforma... ensina!
Ao mundo deu um toque especial
É show... é samba... é carnaval!
Vem no tambor da academia
Que a furiosa bateria... vai te arrepiar!
Repique, tamborim, surdo, caixa e pandeiro
Salve os mestres do Salgueiro
Acadêmicos do Salgueiro
O Coelho e o Tempo
O tempo anda mau por aqui, por estar cinzento mais do que o desejado e por correr demasiado depressa, sempre nu, sem chegar a lado nenhum e recebendo censuras nesse caminho entortado. O coelho, esse, era castanho como os outros, mas tinha uma cauda comprida em vez de um tufo redondinho de pelos fofos, que lhe atrapalhou a fuga. Escorregou, tropeçou, e olhou fixamente os meus pés por não conseguir elevar a fuça à altura dos meus olhos. Fixei a sua orelha direita, acocorei-me e surrurrei-lhe: "és bonito". Lembrei-me de como o tempo também tem cauda comprida, e escorrega e tropeça, sem a graciosidade do animal.
Thursday, June 18, 2009
Livros
Tropeçavas nos astros desastrada
(Caetano Veloso)
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso (E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.
(...)
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
(Caetano Veloso)
Monday, June 8, 2009
Gavetas de lembranças com cabos eléctricos
Tenho saudades do meu WC de azulejos azuis e brancos.
Do sol, da esplanada, da cerveja barata, do marisco à beira mar, de ir jantar fora, do vinho à pressão.
Dos barcos a acenarem-me à janela.
Das velhas às suas portas.
De apanhar o metro pela manhã.
De um almoço barato na tasca.
Das sarjetas entupidas quando chove.
Das filas para pagar.
Dos nomes das freguesias.
De um electricista e dos senhores dos arranjos.
Do sol, da esplanada, da cerveja barata, do marisco à beira mar, de ir jantar fora, do vinho à pressão.
Dos barcos a acenarem-me à janela.
Das velhas às suas portas.
De apanhar o metro pela manhã.
De um almoço barato na tasca.
Das sarjetas entupidas quando chove.
Das filas para pagar.
Dos nomes das freguesias.
De um electricista e dos senhores dos arranjos.
Da fachada encarnada dos correios.
Dos festivais.
De andar de carro.
E dos encontros secretos.
Conseguirão as minhas memórias subir a escadaria de um espaço
que se entorta para a direita?
Conseguirão ainda virar à esquerda na ruela certa?
Ou ficarão arquivadas nas gavetas?
...
Subscribe to:
Posts (Atom)